Localizada junto ao limite nascente do concelho e muito próxima da fronteira com a Espanha, a GR61 é um percurso linear, de extrema diversidade cénica, ecológica e geológica/geomorfológica, onde existem vários geossítios. Aqui e ali, observam-se vestígios arqueológicos, ténues sinais da presença do homem ao longo dos tempos neste território que ainda mantém a sua baixa pressão antrópica. Os ambientes com que nos deparamos e as sensações que nos transmitem vão variando signifi cativamente. Tanto caminhamos por serras imponentes como por amplas peneplanícies, por verdejantes galerias ripícolas como por tórridas pastagens e montados de sobro e azinho. Ao longo de toda a sua extensão, o trilho é ladeado por carvalhais, soutos, montados, pinhais, pomares de cereja, medronheiros, vinhas e pastagens.
Partindo de Portalegre, depois de percorrermos cerca de 13 Km pela estrada EN246-2 e pelo caminho M522 chegamos a um lugar de assinalável beleza e à Cascata da Ribeira de São Julião, mais conhecida por Cascata de Monte Sete. Seguidamente podemos vislumbrar mais uma pequena queda de água, a Cascata do Salto da Pega e a aldeia de São Julião. A Rabaça surge mais adiante junto ao Rio Xévora, passando pela Represa de Monte Francisco, ponto de estadia e lazer. Chegamos ao ex-libris geomorfológico e ao mirante mais sublime da GR61: a Cascata da Cabroeira, também conhecida por Cascata da Rabaça, onde podemos admirar os majestosos grifos a sobrevoar o vale encaixado sobre a ribeira da Cabroeira, e observar as características dobras das escarpas, com destaque para Penha Amarela, solitário afloramento rochoso com vistas, de cortar a respiração, sobre a agreste paisagem envolvente. Passando pelas pastagens do Monte Palmeiro e pelos seus ?fotogénicos? rebanhos, pela zona do Soverete, pelos velhos moinhos de água que se escondem entre frondosos amieiros, pela cadência da geometria das vinhas da Folha do Meio, pela aldeia de Vale de Cavalos e o seu aroma a café aproximamo-nos do fi m da GR61 e terminamos como começámos, numa singular cascata, inserida num contexto paisagístico muito diferente.
A água da cascata da Ribeira de Arronches também chamada de Pego do Inferno cai sobre uma espécie de concha com generosa capacidade de armazenamento. Durante a época estival esta concavidade, perigosa pela sua profundidade e pela sua natureza rochosa, convida ao mergulho, prática que não se recomenda. Aliás, a denominação toponímica que lhe foi atribuída provavelmente teve origem na perigosidade que a caracteriza.
Estado do Trilho OK! Sem problemas reportadosDistância: 32.5 km Dificuldade: Difícil Tipo: Linear Marcações: Sim Altitude Máx: 684 m Altitude Min: 345 m Coordenadas GPS Início: 39.315981, -7.331542 ( Ver no Google Maps ) Âmbito: Natural, paisagístico Distrito: Portalegre Concelho: Portalegre Uso de GPS: Recomendado Mais Informação: Click para mais informação