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  • PR7 – Aljubarrota: Pelo Vale da Ribeira do Mogo ( ACB )

    Classificação: 0 avaliações
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    Descrição do Percurso

    O percurso está desenhado em forma de 8, o que permite que seja feito na totalidade ou em dois momentos. O percurso completo tem início e chegada em Chiqueda, no Poço Suão. No entanto, caso o pedestrianista queira fazer apenas um momento, poderá começar em Chiqueda, atravessar Longras, Carvalhal e regressar a Chiqueda (6 260 m) ou começar no Carvalhal, subir para a aldeia do Cadoiço, caminhar ao longo do Vale da Ribeira do Mogo e regressar ao Carvalhal (7.320 m).

    O percurso inicia-se em Chiqueda, profundamente ligada ao rio Alcoa, o qual nasce junto desta povoação, mais precisamente no Vale da Ribeira do Mogo. O poço Suão trata-se de uma gruta onde é possível observar o braço de água subterrâneo que alimenta a nascente do rio, uma das mais importantes nascentes cársicas da região. Saindo de Chiqueda, o pedestrianista segue por matas mediterrâneas, passando pela aldeia de Longras, em direção à aldeia do Carvalhal, onde terá oportunidade para apreciar a sua arquitetura peculiar. Neste momento, o pedestrianista poderá decidir se quer continuar o percurso seguindo para a aldeia do Cadoiço, ou voltar para Chiqueda e fazer apenas uma parte do percurso.

    Seguindo para a aldeia do Cadoiço, é possível avistar os vales suspensos da Serra dos Candeeiros. São assim designados porque se encontram suspensos a menos de meia encosta naquela vertente, quando o declive se torna mais suave para o topo. A posição destes paleorelevos testemunha um período de erosão normal que afetou a Serra de Aire e Candeeiros e que foi interrompido por um posterior levantamento generalizado desta Serra. Esse levantamento resultou da movimentação normal da Falha dos Candeeiros cuja escarpa se denuncia na topografia através do alinhamento rígido deste costado da serra. Estes vales juntamente com a escarpa da serra constituem uma das paisagens com maior beleza do PNSAC (Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros). Ao longo deste percurso o pedestrianista irá encontrar algumas pedreiras que todos os dias extraem toneladas de pedra. Dessas pedreiras sai calcário para a calçada portuguesa e para construção, maioritariamente moleanos, um calcário nacional mundialmente conhecido, e que é uma boa aposta nos mais variados acabamentos.

    Posteriormente, o pedestrianista segue caminho pelo Vale da Ribeira do Mogo, situado no sopé da vertente oeste da Serra dos Candeeiros, sendo uma das áreas naturais mais importantes do concelho de Alcobaça. O Vale, que percorre atualmente o seu fundo, caracteriza-se pelo encaixe profundo e sinuoso nas formações calcárias. A ribeira é temporária, com considerável caudal no inverno. No término do Vale, chegando à localidade de Chiqueda, a ribeira junta-se ao Rio Alcoa.

    Ao longo do vale é possível observar formações cársicas características da Serra de Aire e Candeeiros onde a rocha mais abundante é o calcário, uma rocha sedimentar química formada a partir da precipitação de carbonato de cálcio em água. A paisagem é constituída por diferentes tipos de estruturas sedimentares calcárias, como por exemplo as grutas, que são uma importante característica desta serra. A sua formação tem origem na dissolução dos constituintes do calcário na água, ou seja, dá-se uma erosão química desta rocha, à qual se junta uma erosão mecânica, correspondendo ao desgaste causado por agentes físicos. Como consequência ocorrem fraturas e desagregações progressivas da rocha. A erosão do calcário está na base da formação de muitas outras estruturas cársicas, como os algares, lapiás, estalagmites e estalactites. O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros é considerado a zona calcária mais importante de Portugal.

    A ocupação humana deste Vale conduz-nos à pré-história. Foi nesta área que Manuel Vieira Natividade, ilustre alcobacense, no final do século XIX, realizou várias campanhas arqueológicas em diversas grutas, recolhendo um espólio lítico e cerâmico significativo do período Neolítico.

    A paisagem do Vale apresenta um grande valor patrimonial, com importantes aspetos naturais, culturais, cénicos e paisagísticos. Atualmente, o Vale define-se como um mosaico agroflorestal, numa combinação de uso florestal e agrícola, onde no cavado plano aparecem campos agrícolas, olival, vinha, incluindo núcleos de carvalhos e matos rasteiros, e nas vertentes íngremes e pedregosas observam-se os matos mediterrânicos de carrascal e medronhal, anteriormente ocupados por uma intensa exploração olivícola, com origem na presença dos monges da Ordem de Cister, entre o séc. XII e o séc. XIX. 

    Este Vale constitui um habitat de inúmeras espécies faunísticas. Entre os mamíferos destaca-se a doninha, o toirão, o javali, o texugo, a raposa, a geneta e o sacarrabos. A lontra, restringe-se ao único habitat disponível, o rio Alcoa e existem também 2 espécies de morcegos, o morcego-grande-de-ferradura e o morcego-de-peluche que se encontram em perigo de extinção elevado. Quanto à avifauna destaca-se o bufo real, a águia-cobreira e a Rola Comum. Os lepidópteros (uma ordem de insetos que inclui as borboletas e mariposas) constituem um grupo considerável, onde já foram identificadas mais de 30 espécies, revelando as boas condições ecológicas do Vale.

    Por outro lado, uma das riquezas do Vale é a grande diversidade da sua flora, onde os importantes e remanescentes bosques de carvalho-cerquinho dominam o estrato arbóreo. Ocorrem também espécies herbáceas de elevado valor conservacionista, nomeadamente as orquídeas selvagens. Existe ainda um grande número de plantas com propriedades aromáticas, medicinais e condimentares. Durante este troço, o pedestrianista pode optar por terminar o percurso na aldeia do Carvalhal ou então seguir até ao ponto de partida (Chiqueda).

    Detalhes Técnicos do Percurso

    Distância: 12.5 km
    Dificuldade: media/baixa
    Tipo: Circular
    Marcações: Sim
    Altitude Máx: 151 m
    Altitude Min: 58 m
    Coordenadas GPS Início: 39.533173, -8.946788 ( Ver no Google Maps )
    Sentido Recomendado: Horário
    Distrito: Leiria
    Concelho: Alcobaça
    Mais Informação: Click para mais informação

    Mapa do Percurso

    O que levar para a caminhada:

    - Mochila confortável (10l a 40l)

    - Comida e água q.b

    - Calçado e roupa adequada/confortável para caminhadas

    - Casaco impermeável ou Corta Vento

    - Protetor solar, chapéu e óculos de sol

    - Repelente de insetos

    - Lanterna/Headlamp

    - Um saco para colocarem o vosso lixo

    - GPS ou Telemóvel com aplicação GPS, track do percurso e mapas offline (ex: Wikiloc)

    - Bastões de caminhada

    - Powerbank

    - Kit de primeiros socorros

    Tempo Alcobaça

    Hoje
    Max: 19
    Min: 11
    Amanhã
    Max: 19
    Min: 11
    QUA
    Max: 19
    Min: 10
    QUI
    Max: 19
    Min: 10
    SEX
    Max: 21
    Min: 10
    SAB
    Max: 22
    Min: 10
     

    Marcações do Percurso


     

    Contactos Úteis

    Emergência: 112
    Bombeiros Voluntários de Alcobaça: 262 505 300
    G.N.R. de Alcobaça: 262 580 100

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