Este percurso faz a ligação do Centro Hípico de Baião com a zona mais alta da Serra da Aboboreira, onde se encontram os principais exemplares do património arqueológico desta serra. O percurso faz também a ligação com as aldeias da Aboboreira e Almofrela, caracterizadas por uma arquitectura rural preservada e onde pode testemunhar ainda o dia a dia vivido nestas aldeias desde há séculos. Proporciona ainda magníficas panorâmicas sobre os vales do Tâmega e do Ovil e comunica no cimo da serra com os outros percursos da rede de Trilhos da Aboboreira.
A paisagem que se observa ao longo deste percurso conta com a história da transformação das densas florestas primitivas de carvalhos numa paisagem aberta, devido à actividade agro-pastoril que o homem aqui desenvolveu ao longo de milhares de anos.
As gramíneas dominam as áreas mais planas do topo da serra. A erva-fina é uma das mais apetecidas pelo gado, já que as suas folhas são mais palatáveis. Este é o habitat preferencial do tartaranhão-caçador, uma ave de rapina de grande beleza e com com um voo característico que inclui frequentes acrobacias. A ocorrência frequente de incêndios favorece a presença, por vezes com grande profusão, de plantas típicas de espaços queimados, como o feto-ordinário ou as abrótegas. Os processos erosivos promovidos pela acção do Homem durante séculos levaram ao aumento dos afloramentos rochosos e de solos esqueléticos na paisagem. Estes ambientes são colonizados por algumas plantas especializadas como o tomentelo, espécie de tomilho bravo usada pelas populações para lavar o cabelo, por lhe conferir brilho. Nas nascentes de algumas linhas de água observam-se pequenas turfeiras, zonas húmidas com uma flora muito especializada.
No planalto superior também poderá observar vários monumentos com tumulus que fazem parte do conjunto megalítico da Serra da Aboboreira. Poderá facilmente constatar que estas construções não cumpriam apenas uma função funerária. Marcam o território, exibindo-se mais ou menos na paisagem , marcam o esforço construtivo que estas comunidades despenderam na construção e marcam vontade / necessidade de coesão social entre as várias comunidades que a construção dos monumentos de maiores dimensões exigiria.
Na ampla chã de Outeiro de Gregos, estão identificados cinco monumentos de diferentes tipologias e diferentes rituais correspondendo a épocas distintas da Pré-história (Neolítico e Idade do Bronze).
Do lado direito do percurso, encontra os dólmens de Outeiro de Gregos 2 e 3, construções da 1ª metade do IV milénio A.C. , que ocuparam propositadamente outeiros naturais e que se destacam bastante bem na paisagem. A primeira mamoa encerra um dólmen fechado. Neste último, uma segunda tumulação seria só possível através da deslocação parcial da tampa.
Do lado esquerdo apesar de o seu estudo não estar bem concluído, poderá observar um outro monumento (Outeiro de Gregos 1), cuja construção data já dos inícios do II milénio A.C. Trata-se de uma cista, originalmente coberta por um pequeno montículo construído apenas com pedras e que passa, ao contrário dos restantes Monumentos, completamente despercebido na paisagem.
Na chã a montante, em Outeiro de Ante, poderá também visitar dois monumentos megalíticos. O identificado com o nº3, foi o primeiro monumento a ser escavado no âmbito do Campo Arqueológico da Serra da Aboboreira, em 1978, e encontra-se bastante incompleto. No entanto, ainda é visível a abertura marcada por um pequeno umbral. O nº1 impressiona pelo destaque que tem na paisagem, por mais uma vez o homem pré-histórico ter aproveitado uma elevação natural sobre a qual construiu o dólmen e a mamoa, conferindo-lhe assim maior monumentalidade. O acesso ao interior fazia-se através da parte superior da mamoa.
Um pouco mais à frente, do lado direito do caminho e a uma cota inferior, poderá observar um outro dólmen (Mina do Simão) que, apesar de não estar preparado para a visitação, tem uma implantação curiosa: apresenta-se isolado, na encosta de uma pequena chã, envolvido por uma paisagem “em anfiteatro”, e só se destaca a partir do ribeiro, pelos lados leste ou sol. A posição dos esteios do dólmen é também curiosa, atribuindo-lhe um aspecto “naviforme”, com a “proa” a norte.
Termine o percurso visitando as Aldeias tradicionais de Aboboreira e de Almofrela. A primeira, conhecida na região pelos grandes rebanhos de gado caprino e lanar, e pelos queijinhos frescos de cabra. A segunda, de gado caprino e lanar, e pelos queijinhos frescos de cabra. A segunda, pelo mosaico agrícola de prados e campos, pontuado por árvores como o castanheiro e o freixo, e arbustos como amieiro-negro e a pereira brava.
Distância: 14 kms
Duração estimada: 05:30
Dificuldade: Média/Alta
Tipo: Circular
Desporto: Caminhada
Concelho: Baião, Amarante e Marco de Canaveses
Inicio do Percurso: 41.165767,-8.048342 ( Ver no Goole Maps )
Mais info
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Mapa do Percurso:
A paisagem que se observa ao longo deste percurso conta com a história da transformação das densas florestas primitivas de carvalhos numa paisagem aberta, devido à actividade agro-pastoril que o homem aqui desenvolveu ao longo de milhares de anos.
As gramíneas dominam as áreas mais planas do topo da serra. A erva-fina é uma das mais apetecidas pelo gado, já que as suas folhas são mais palatáveis. Este é o habitat preferencial do tartaranhão-caçador, uma ave de rapina de grande beleza e com com um voo característico que inclui frequentes acrobacias. A ocorrência frequente de incêndios favorece a presença, por vezes com grande profusão, de plantas típicas de espaços queimados, como o feto-ordinário ou as abrótegas. Os processos erosivos promovidos pela acção do Homem durante séculos levaram ao aumento dos afloramentos rochosos e de solos esqueléticos na paisagem. Estes ambientes são colonizados por algumas plantas especializadas como o tomentelo, espécie de tomilho bravo usada pelas populações para lavar o cabelo, por lhe conferir brilho. Nas nascentes de algumas linhas de água observam-se pequenas turfeiras, zonas húmidas com uma flora muito especializada.
No planalto superior também poderá observar vários monumentos com tumulus que fazem parte do conjunto megalítico da Serra da Aboboreira. Poderá facilmente constatar que estas construções não cumpriam apenas uma função funerária. Marcam o território, exibindo-se mais ou menos na paisagem , marcam o esforço construtivo que estas comunidades despenderam na construção e marcam vontade / necessidade de coesão social entre as várias comunidades que a construção dos monumentos de maiores dimensões exigiria.
Na ampla chã de Outeiro de Gregos, estão identificados cinco monumentos de diferentes tipologias e diferentes rituais correspondendo a épocas distintas da Pré-história (Neolítico e Idade do Bronze).
Do lado direito do percurso, encontra os dólmens de Outeiro de Gregos 2 e 3, construções da 1ª metade do IV milénio A.C. , que ocuparam propositadamente outeiros naturais e que se destacam bastante bem na paisagem. A primeira mamoa encerra um dólmen fechado. Neste último, uma segunda tumulação seria só possível através da deslocação parcial da tampa.
Do lado esquerdo apesar de o seu estudo não estar bem concluído, poderá observar um outro monumento (Outeiro de Gregos 1), cuja construção data já dos inícios do II milénio A.C. Trata-se de uma cista, originalmente coberta por um pequeno montículo construído apenas com pedras e que passa, ao contrário dos restantes Monumentos, completamente despercebido na paisagem.
Na chã a montante, em Outeiro de Ante, poderá também visitar dois monumentos megalíticos. O identificado com o nº3, foi o primeiro monumento a ser escavado no âmbito do Campo Arqueológico da Serra da Aboboreira, em 1978, e encontra-se bastante incompleto. No entanto, ainda é visível a abertura marcada por um pequeno umbral. O nº1 impressiona pelo destaque que tem na paisagem, por mais uma vez o homem pré-histórico ter aproveitado uma elevação natural sobre a qual construiu o dólmen e a mamoa, conferindo-lhe assim maior monumentalidade. O acesso ao interior fazia-se através da parte superior da mamoa.
Um pouco mais à frente, do lado direito do caminho e a uma cota inferior, poderá observar um outro dólmen (Mina do Simão) que, apesar de não estar preparado para a visitação, tem uma implantação curiosa: apresenta-se isolado, na encosta de uma pequena chã, envolvido por uma paisagem “em anfiteatro”, e só se destaca a partir do ribeiro, pelos lados leste ou sol. A posição dos esteios do dólmen é também curiosa, atribuindo-lhe um aspecto “naviforme”, com a “proa” a norte.
Termine o percurso visitando as Aldeias tradicionais de Aboboreira e de Almofrela. A primeira, conhecida na região pelos grandes rebanhos de gado caprino e lanar, e pelos queijinhos frescos de cabra. A segunda, de gado caprino e lanar, e pelos queijinhos frescos de cabra. A segunda, pelo mosaico agrícola de prados e campos, pontuado por árvores como o castanheiro e o freixo, e arbustos como amieiro-negro e a pereira brava.
Distância: 14 kms
Duração estimada: 05:30
Dificuldade: Média/Alta
Tipo: Circular
Desporto: Caminhada
Concelho: Baião, Amarante e Marco de Canaveses
Inicio do Percurso: 41.165767,-8.048342 ( Ver no Goole Maps )
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Anexos
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PR4_Trilho_dos_D_lmens.gpx422.7 KB · Visualizações: 135
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